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Bélgica inicia construção da primeira ilha energética artificial do mundo

  • A.E.A.O.R
  • 11 de jul.
  • 2 min de leitura

Um projeto bilionário e pioneiro começou a ganhar forma no Mar do Norte: a Ilha de Energia Princesa Elisabeth, um marco na engenharia marítima e na transição energética europeia.


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Anunciada pela operadora de rede Elia Group, a construção da ilha artificial representa um avanço estratégico para integrar e distribuir energia de parques eólicos offshore. A expectativa é que, ao ser finalizada, a ilha retransmita até 3,5 GW de eletricidade para a rede elétrica belga — suficiente para abastecer milhões de residências.



Engenharia de precisão no coração do mar


Os dois primeiros dos 23 caixões de concreto — imensos blocos com 22 mil toneladas, 58 metros de comprimento e até 32 metros de altura — já foram posicionados no fundo do mar. A operação de transporte e instalação durou cerca de 24 horas e exigiu o trabalho sincronizado de quatro rebocadores por mais de 100 km, partindo do porto de Vlissingen.


Com precisão milimétrica, os blocos compõem a base da ilha, que terá 6 hectares de extensão e abrangerá tanto a estrutura física quanto os sistemas de conversão e transmissão de energia.



Um marco para a engenharia e o meio ambiente


Mais do que uma façanha técnica, a ilha energética aposta em um design ecológico e inclusivo, pensado para incentivar a biodiversidade marinha ao redor da estrutura. A construtora TM Edison, consórcio das empresas belgas DEME e Jan De Nul, está à frente da execução do projeto, que tem o apoio do governo belga e de entidades internacionais.



Sustentabilidade, mas com custos desafiadores


Apesar da importância estratégica, o projeto enfrentou um aumento significativo nos custos. O orçamento inicial, estimado em € 650 milhões, saltou para impressionantes € 7 bilhões, principalmente devido à alta nos preços de equipamentos elétricos e incertezas regulatórias. Ainda assim, a Bélgica segue firme com a execução, encarando a iniciativa como vital para garantir segurança energética e independência de fontes fósseis.



O futuro da energia está em alto-mar


A Ilha de Energia Princesa Elisabeth não será apenas um ponto de conexão de turbinas eólicas — será um hub de energia renovável que também poderá integrar redes de outros países, tornando-se um modelo global de infraestrutura para a transição energética.


Esse é apenas o começo de uma nova era na produção de energia limpa. Para profissionais da engenharia e entusiastas da sustentabilidade, a ilha energética representa uma amostra do que a inovação aliada à coragem técnica pode realizar.

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