Por que grandes cidades dos Estados Unidos estão afundando?
- A.E.A.O.R
- 1 de jul.
- 2 min de leitura
Nos últimos anos, pesquisadores têm observado um fenômeno silencioso, mas alarmante: grandes cidades dos Estados Unidos estão literalmente afundando. Isso mesmo. Estudos recentes mostram que em 28 das cidades mais populosas do país, o solo está cedendo em níveis que colocam em risco tanto a infraestrutura urbana quanto a segurança de milhões de pessoas.

Um problema maior do que parece
Segundo a Columbia Climate School, em 25 dessas cidades, dois terços ou mais da superfície estão afundando. Isso pode afetar diretamente cerca de 34 milhões de habitantes. Cidades como Houston, Fort Worth, Dallas, Nova York, Las Vegas, Washington D.C. e San Francisco são algumas das mais impactadas.
A causa principal? A extração excessiva de água subterrânea. Esse recurso, utilizado para abastecimento humano e industrial, quando retirado em grande quantidade e sem controle, provoca a compactação do solo. O estudo aponta que 80% do afundamento observado está relacionado a essa prática — especialmente no Texas, onde a exploração de petróleo e gás intensifica ainda mais o problema.
Mas não para por aí...
Além da água subterrânea, outros fatores também contribuem:
O peso das construções urbanas: cidades densamente ocupadas, com prédios pesados, aceleram a compressão do solo.
Expansão urbana em áreas instáveis: muitas cidades cresceram sobre solos geologicamente vulneráveis.
Períodos de seca e mudanças climáticas: o estresse hídrico torna o solo ainda mais suscetível ao colapso.
O que isso tem a ver com o Brasil?
Embora o fenômeno tenha sido estudado nos EUA, os impactos da urbanização desordenada e da má gestão de recursos naturais são globais. No Brasil, muitas cidades também enfrentam desafios semelhantes, como erosões, enchentes, deslizamentos e colapsos de infraestrutura urbana por falta de planejamento técnico adequado.
Esse cenário reforça o papel estratégico da engenharia urbana e ambiental na construção de cidades resilientes, sustentáveis e preparadas para os desafios do futuro.
A engenharia como resposta
Esse tipo de problema exige soluções integradas, com projetos de infraestrutura mais inteligentes, políticas de gestão hídrica eficazes e uso de tecnologias de monitoramento geológico. Além disso, profissionais da engenharia precisam estar cada vez mais capacitados para atuar em áreas interdisciplinares que unam conhecimento técnico, visão ambiental e planejamento urbano.
O afundamento de cidades é mais do que um alerta: é um chamado à ação. Ele mostra como decisões técnicas mal planejadas podem gerar impactos sérios e duradouros — e como a engenharia pode (e deve) ser protagonista na busca por soluções.
A boa notícia? Ainda há tempo para agir.
A engenharia tem ferramentas para prever, mitigar e até reverter situações como essa. O futuro urbano depende da forma como vamos projetar, planejar e cuidar das cidades a partir de agora.








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