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Segurança elétrica: quando o cuidado vira proteção

  • A.E.A.O.R
  • 13 de jun.
  • 3 min de leitura

Ela está presente no simples gesto de acender a luz, carregar o celular ou ligar o ventilador. A eletricidade faz parte da rotina e, por isso mesmo, muitas vezes é tratada com naturalidade — o que pode ser perigoso. Acidentes elétricos, em ambientes domésticos ou públicos, são mais comuns do que se imagina. E a principal causa ainda é a falta de informação.


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Um risco invisível que pode ser evitado


De acordo com o Anuário Estatístico da Abracopel (Associação Brasileira para a Conscientização dos Perigos da Eletricidade), o Brasil registrou 992 ocorrências por origem elétrica só no primeiro semestre de 2023 — um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior. E esse número pode ser ainda maior, já que muitos casos não são oficialmente notificados.


Os perigos vão desde sobrecargas em tomadas até choques elétricos em áreas molhadas, e se intensificam em períodos de chuva, quando o risco de descargas elétricas e curtos-circuitos aumenta. Nesse cenário, a prevenção se torna essencial.



Dentro de casa: onde tudo começa


Ambientes domésticos concentram grande parte dos acidentes. Um dos vilões mais comuns é o famoso "T" ou benjamim, que sobrecarrega a tomada com vários aparelhos ao mesmo tempo. Outro problema frequente é a ausência de um projeto elétrico feito por profissional habilitado.


Segundo o Eng. Heverton Bacca, coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE) do Crea-SP, esse é o ponto de partida para uma rede segura.


“O ponto original de problemas domésticos é não considerar um profissional de Engenharia Elétrica no projeto residencial. A presença de alguém capacitado nessa etapa garante segurança, eficiência e durabilidade.”


Além disso, é importante ficar atento a sinais como cabos ressecados, cheiro de queimado, disjuntores que desarmam sem motivo aparente ou quedas frequentes de energia. Fazer reparos por conta própria, sem conhecimento técnico, é um dos maiores riscos.



Ambientes molhados pedem atenção redobrada


Aparelhos como máquinas de lavar, secadores de cabelo e chapinhas exigem cuidado especial. Devem ser usados longe da água e sempre com as mãos secas. O ideal é desconectar da tomada antes de manusear. Nessas áreas, o uso de tomadas protegidas contra respingos e de disjuntores com Dispositivo Diferencial Residual (DDR) é fundamental para evitar choques.



Nas ruas e eventos: proteção coletiva


Cenários urbanos também oferecem riscos. Fiações expostas, postes danificados e cabos caídos devem ser imediatamente sinalizados e reportados à concessionária ou ao Corpo de Bombeiros — nunca tocados ou removidos por civis.


Em grandes eventos, como shows e festivais, a rede elétrica precisa ser instalada por profissionais habilitados, com equipamentos adequados e sistemas de proteção. Para o público, o cuidado está em manter distância de estruturas metálicas, torres de iluminação e caixas de energia.



No período de chuvas, redobre os cuidados


O Brasil é um dos países com maior incidência de raios do mundo. Em dias de temporais, o uso de dispositivos de proteção contra surtos (DPS) e estabilizadores é indispensável. Também é recomendado desligar aparelhos da tomada em caso de tempestade.


Em caso de alagamentos, o disjuntor geral da casa deve ser desligado imediatamente, e os equipamentos elétricos retirados das tomadas e posicionados em locais altos. Ao retornar, só religue a energia após a avaliação de um profissional habilitado.


Nas ruas, nunca atravesse áreas alagadas a pé ou de carro — a água pode esconder cabos energizados e representar risco de choque.



Segurança começa com informação e profissionais habilitados


A eletricidade facilita a vida, mas exige respeito. A adoção de medidas preventivas, aliada ao acompanhamento de profissionais registrados no Crea-SP, é o caminho mais seguro para proteger pessoas, imóveis e equipamentos.


Prevenir acidentes elétricos é mais do que um cuidado técnico. É um compromisso com a vida.

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